Para quando ir, partir, mansa despedida
Só os traços de uma pele morna reencontrada
Sonhos com lugares já visitados
Ilusionismo certo de nós e nada mais
Assim que puder escapo das feridas
ganho sentido mesmo sem o aço da vida secreta
E, permanentemente, desfaço algo que já não interessa a nenhuma fraqueza
O antitratado desta paisagem concreta
Com a conta no pescoço
amarro a sensação da fé serena
do colorido das pedras que se enroscam no meu peito farto sempre querendo mais e mais inchaço
que de repente signifique alguma forma de ganho
artéria, matéria, colagem.
Para quando não souber mais palavras,
nenhuma segurança sequer
Ainda que frustre o silêncio habitado e inusitado da idéia
Livro santo dos meus próprios guerreiros
a circular na atmosfera clara e absoluta do meu pleno afeto.
Chovendo, chovendo barbaramente
com a flecha lançada ao sol
nesta justiça perene e contraditória dos opostos necessários
E o para sempre ficando pra mais tarde...terra...semente.
Tatiane C.
Nenhum comentário:
Postar um comentário