quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Por onde andará Wilson Melo?
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Vc sabe o que é Mal Invisível?
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Mais estas!!!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Depoimento Gabriela Leite
Então fazer parte desses processos é deliciosamente tentador... e como videomaker tenho necessidade de registrar tudo e tem sido uma grande fonte de experimentaçoes audiovisuais, pois qualquer movimento de um integrante do coletivo pode ser transformado em um um curta-metragem, um video clipe, um documentario, um video arte, enfim , sao diversas possibilidades de expessao e o audiovisual dialoga muito bem com as nossas necessidades expressão artísticas.
Experimeto a melhor forma de traduzir a obra teatral para o audiovisual, tentando perceber o movimento dos atores em cena para revelar assim as caracteristicas das personagens.E as intenções cénicas do colectivo são regadas de musicas, sensualidade, provocações corporais com a plateia, que também se transforma em interprete , desencadeando assim uma rede de possibilidades para o registro audiovisual. E a partir do momento em que se utiliza outra linguagem durante o espetaculo, onde os interpretes dialogam também com a Camera, acontece ai uma simbiose. O teatro torna- se audiovisual, pois depois de ser registrado esta imortalizado e é possível reassistir à apresentação. Por conta disso, o momento de captação se torna especial por não apenas ser observação do espetaculo mas pela participaçao do processo narrativo, documentando e enquadrando de acordo com a intenção da cena e compondo um ballet subjectivo de imagens de corpos e texto.
O ponto mais marcante, pra mim, foi quando à véspera de uma turne pelo interior da Bahia, do Coletivo com o espetaculo Guilda, parte dos integrantes foram assaltados e foi levado todo o figurino da peça, abalando estruralmente e psicologicamente o grupo. E com espírito de colectividade mais aguçado num processo de hibridizaçao e transformação das imperfeições com uma enérgica produção a partir de doaçoes o figurino foi recriado e a realizaçao dos Espetaculos e Oficinas foram muito interessantes, tendo exelentes resultados nos processos criativos e sendo tudo registrado em video.
As Oficinas, realizadas em Vitoria da Conquista, Poçoes e Itambé funcionaram como grande fonte de pesquisa tanto para os integrantes do curso, que ministraram as aulas como para os atores locais que participaram festivamente dos processos.
Durante essa turne, foi documentado todo o processo e realializado diversos videos experimentais entre os intevalos das oficinas e as apresentaçoes da Peça, durante as viagens de um municipio e outro, com diversas propostas de linguagens.
Santiago e a Sem cia de Dança
Mais depoimentos sobre o trabalho
Como é para vc fazer parte do Cruéis Tentadores?
É como estar no “olho do furacão”(rsrsrsr). Bricadeiras à parte, talvez seja esta uma boa metáfora, pois seria este contraditório lugar de calma e silencio, núcleo causador de transformações irreparáveis numa convulsão de acontecimentos velozes, extraordinários e por vezes temerosos, nas pessoas e no seu entorno, uma força da natureza. O Coletivo Cruéis Tentadores me proporcionou o encontro com uma nova construção estética da cena, do personagem, da narrativa....(Por aí vai!)
O Sentido libertário da condução dos trabalhos, as múltiplas facetas dos interpretes, a heterogeneidade geral, o caos emergente, tudo isso se transformou em elemento obrigatório na metodologia das montagens ali desenvolvidas, e isso transformou aquele ambiente numa espécie de “câmara catártica” onde os meus sentidos aflorados, de intérprete, poderiam caminhar por onde precisassem. É para mim, um núcleo de desenvolvimento artístico sem precedentes, não só pelas inúmeras linguagens implicadas, mas pela necessidade do desenvolvimento de uma certa autonomia na solução de problemas, que muitas vezes foram gerados na montagem, para serem resolvidos em cena. Também preciso falar da transgressão como uma forma de acordo tácito, não explícito, mas silenciosamente praticado por todos os envolvidos, chocando, contaminando ou repelindo os recém chegados, lidando sem fronteiras com o belo e grotesco, revelando segredos, explorando sensações obscuras, sendo cênico na vida e vivendo intensamente a cena. Cruel e tentador.
Como vc vê a relação do intérprete com a obra?
Incondicionalmente intensa. Não há como “passar batido” nas montagens desse núcleo. Não só pelo teor das cenas, mas pelas exigências que a obra nos faz, físicas, sensoriais e emocionais. É claro que não poderei responder isso pelos meus colegas, mas, sinto que na materialização das cenas e ambientes absurdos com os quais lidamos, há uma espécie de “empoderamento” sobre a cena e sobre a obra, a ponto de nos sentirmos a vontade o suficiente para subverte-la, recria-la, senti-la viva. Mergulhar no universo da obra torna-se praticamente obrigatório para se estar ali, ao mesmo tempo em que desenvolve um sentido de responsabilidade e proteção. É complexo!
Alguma coisa mudou na sua relação com a cena?
Sim. Creio que minha postura em cena se tornou menos formal,e que a necessidade de marcações absolutamente precisas para cena também diminuiu, para isso tive que aumentar o meu grau de concentração no ambiente da cena, para poder lidar com as muitas coisas que aconteciam simultaneamente, assim como interagir com o inusitado, sempre presente em nossas apresentações. Sinto que me tornei também um pouco mais contundente na interação com a platéia, e um pouco mais cúmplice dos meus colegas de cena.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
A Flor e a náusea - Mal invisivel
vou de branco pela rua cizenta.
Melancolias, mercadorias, espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobrefundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que triste são as coisas, consideradas em ênfase.
Vomitar este tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam pra casa.
Estão menos livres mas levam jornaise soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvo e dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotadailude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.Suas pétalas não se abrem.Seu nome não está nos livros.É feia.
Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens macias avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.É feia. Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.*Porque julho será o mês das flores. Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Mal invisivel
Eu já me sinto tão anestesiado desta situação que não sei do que falar. Depois do que minha vida se tornou; Um espetáculo, uma aberração. Não sei mais do que falar: Da morte ou do amor? Tanto faz. É tudo quase a mesma coisa. Quando se encontra nesta situação amar ou morrer dá no mesmo. Não temos futuro, não temos mais vida.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Fim de semestre
Para quando ir, partir, mansa despedida
Só os traços de uma pele morna reencontrada
Sonhos com lugares já visitados
Ilusionismo certo de nós e nada mais
Assim que puder escapo das feridas
ganho sentido mesmo sem o aço da vida secreta
E, permanentemente, desfaço algo que já não interessa a nenhuma fraqueza
O antitratado desta paisagem concreta
Com a conta no pescoço
amarro a sensação da fé serena
do colorido das pedras que se enroscam no meu peito farto sempre querendo mais e mais inchaço
que de repente signifique alguma forma de ganho
artéria, matéria, colagem.
Para quando não souber mais palavras,
nenhuma segurança sequer
Ainda que frustre o silêncio habitado e inusitado da idéia
Livro santo dos meus próprios guerreiros
a circular na atmosfera clara e absoluta do meu pleno afeto.
Chovendo, chovendo barbaramente
com a flecha lançada ao sol
nesta justiça perene e contraditória dos opostos necessários
E o para sempre ficando pra mais tarde...terra...semente.
Tatiane C.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Algo além de uma forma geométrica?
Para Amós Heber
A pior coisa de se pensar em fazer uma pesquisa científica é deixar o orgulho de lado em nome da escolha. Cada vez que você encontra uma frase, uma foto, um argumento, dá vontade de fazer dez mestrados e mais uns tantos doutorados, porque não seria algo que vc "desencanaria" facilmente em sua trajetória, nem tampouco algo que não gerasse uma transformação. A questão é que acredito que o profissional de artes ou, como diz a brincadeira e espero que seja "o ser humano profissional", necessita sempre estar em contato. Acho até engraçado nas jornadas de exposição de pesquisas, que cada um tenha descoberto que linha seguir e lute por ela, pelo menos a explore até um pseudo final de vida, academica ou não. Nestes meus 23 anos de teatro já mudei tantas vezes, com avaliações positivas e negativas, como pólos que não chegam a se desencontrar, gosto mais de pensar nos meus 29 por aí. Cada processo, embora lide com certas lógicas da criação, é único e eu como ser sensível me enxergo passando por várias nuances diferentes dentro deles, quase sem defesa, apenas com registros singelos, principalmente quando me imagino como atriz, este ser que constrói sua carne a partir da mudança, que passa por processos diferenciados.
Não se trata de: ah, vai fazer um trabalho comercial então, porque não é bem essa a linha. A questão é, existiriam mais possibilidades, até mesmo encarando o erro, se os temas e conceitos fossem outros, se pudesse falar aqui aquilo que só encontrarei "orientação" no Japão, se não precisasse de tamanhos enquadramentos ou de tamanha elocubração pra dizer? Afinal, o teatro superou a comunicação enquadrada em sua essencialidade e projeto social? Ele precisa disso? Ele existe? E o que eu preciso? Eu só sei falar português. Já sei. Tenho uma pesquisa e não sei fazê-la melhor do que ninguém. Não consigo deixar colaborações, mas ainda preciso de uma bolsa, materna.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Arquivos Teatro Oficina
Na semana passada estive no arquivo Edgar Leuenroth, na Unicamp, já que fui informada que lá existem documentos do Teatro Oficina, experiência vital/teatral que considero um marco nas Artes Cênicas brasileiras.
Logo na primeira pasta entregue me deu aquele nó na garganta, pelas histórias desfeitas, tanta gente que vai, a solidão expansiva/criativa do artista, o papel de cada um, agora desbotado nas fotos para a construção de um acervo.
São fotos simples, com gente sentada na mesa, peixes em piscinas naturais do nordeste, crianças brincando, nada que eu ou você não faríamos. Justamente aí, ao abrir a segunda pasta, com Salvador como cenário, me veio uma felicidade sem igual pelo teatro ser encarado como vida. Os intérpretes, mesmo sem a cena, estavam inseridos nas loucuras cotidianas, felizes pro conviver com as pessoas e espaços ao redor, gente brasileira, simples, antropofagia descendente, mas o lugar onde vivemos
Uma porção de elementos desordenados passavam pela minha cabeça, como ritual, gestos enérgicos, expressividade, expressão, intensidade, coragem corpotal, cena, "pelo curta cultural -, contra a especulação comercial", varais, Lula, Nixon, Disney, procissões, sertões, SP colorida, verborragia, prisão, , nudismo, publicidade, comunicação, arte.
Me lembrei que Zé Celso estava apreensivo quanto ao destino deste acervo, espécie de materialidade de sua memória. Mas de certa forma isso "é" sempre, parece não combinar com o "será". Este é o vazio do artista quando a hora passa. Seu espaço é poesia e amanhã, fotografia.
Evoé!
tc
terça-feira, 19 de maio de 2009
Onde estão as minhas/tuas asas
O vazio.
A vida plena.
Isto vale a pena?
O coração que bate.
O corpo que treme.
O tempo que passa.
Ser um e ser dois.
Ao mesmo tempo.
Ser vários.
Ser ninguém.
Não importa onde.
Eu estou aqui.
Eu estarei sempre aqui.
Em silêncio, no vazio.
Com o coração que bate, o corpo que treme.
Não importa onde.
E o tempo passará.
Graças ao Hermes
Há uma forte negação a isto inicialmente, porém, com uma qualidade de abordagem onde o outro é convidado, ou melhor, convocado a redefinir o caos junto ao produto artístico, percebemos pela prática que o público é sedento e não sedentário.
Partindo da premissa de que tudo é fenômeno, acontecimento, que depende da percepção para definir se vai ou não vai, do ponto de vista de cada um que escolheu este "espaço arranjado para o olhar"- pois é mais ou menos isso que diz a etimologia - temos que nos abrir ao impalpável, às avaliações variáveis, por isso também a idéia de que cada um no coletivo é parte também autônoma de uma tendência em definição ou não.
Assim como na dramaturgia, o processo criativo teatral é uma trama, as vezes absurda, quase ficcional enquanto história que tentamos reter dentro do nosso campo confortável de exposição, a história que podemos contar para os outros do que fomos naquele momento efêmero. Mas, como disse, ele acontece, se materializa e já não importa a arrumação, dimensão, o ponto, o nó. Eles estão, mas não são mais fortes que a sensação de desejo, a tentação de fazer a mesma crueldade de novo, senão o próximo insight paralisa, a relação enquanto fenômeno se esgota. A instabilidade nos ajuda a ir em frente, criando nosso território teatral quando o tempo passa.
"Já vimos suas misérias, contradições, e seria possível insistir ainda sobre suas pretensões frequentes a uma "objetividade" interpretativa, a uma "verdade". Mas, múltiplo em seus sentidos, o objeto artístico mantém uma relação tão complexa com a cultura que se mostra inesgotável e inapreensível. Quer queiram, que não, os textos são sempre "incidentais": iluminam certos aspectos, chamam a atenção para outros, constroem relações ligando obras entre si, ou à história, à sociologia, à psicologia, à filosofia; mais tais análises são sempre parciais, porque a obra acaba sempre escapando ao desvendamento total" Jorge Coli - O que é Arte
Continuemos muchachos!!!!!!!!
tc
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Depoimentos
Vamos continuar nossa produção, agora registrando coisitas de nossos processos!!!
DEPOIMENTO LUIS
A partir da experiência conjunta, dialogando c os diversos profissionais q compuseram/compõem o Coletivo, tive a exata noção do q não quero fazer em teatro. Do que n quero me submeter, do q n quero fazer parte, do q n concordo, do q n compactuo, do q n acredito q seja arte. A liberdade proposta criou uma espécie de "vício" e n sei trabalhar de outra forma ( nem quero aprender!!!!)A visão sobre o mundo, sobre arte , sobre contemporaneidade...é muito estimulante e muito inspiradora. A forma caótica, relaxada, cínica e despojada do diretor de conduzir todo o processo e congregar todos em função de um objetivo final (q nem precisa estar pronto , finalizado) é ao mesmo tempo fantástica e aterrorizante, pois nunca realmente sabemos onde/como vamos chegar. O q fazer?Se entregar de corpo, alma, sexo, coração e muito despreendimento....só assim se pode ser um cruel de verdade!!!!
A performance e a inquietação são aceitas mais nas artes visuais e plásticas que no teatro, principalmente como investigação. Por isso em 2004 resolvi colocar pessoas dentro do coletivo Cruéis Tentadores, que abriga diversas áreas, para enfrentar problemas de atravessamento de nossos próprios trabalhos e aumentar a chance de viabilização dos nossos projetos Dividir autorias e poder participar tbém de outros eventos culturais.
A performance me deu um espaço não como sala, mas como a idéia direcionada em que o processo começa a partir dele. A gente nunca parte de uma sala de espetáculos, esquecemos isso e vamos para processo de localização de personagens e de criaturas, perfis deslocados para o intérprete. Não é ator nem dançarino, mas intérprete.
Inicialmente, trabalho muito com o esvaziamento das informações, das sensações, do vocabulário, dos gestos dos interpretes diante do espaço. Ele começa absorvendo e reconstruindo a história do lugar onde ele está, e se transformando com isso. O que me interessa é como é que o interprete vivencia e reconstrói sua própria história. Mesmo o cenário mais experimental e mais anárquico que seja tem sua força, o interprete tem que se encaixar. Nada é impecável no teatro.
Esse deslocamento do corpo e do espaço cria organicidade, cria adaptações, mesmo que pareça frio e distante. O que eu posso criar de novo sem perder a identidade daquilo que já criei mais tarde também, aproveitar o que já tenho diante do novo.
O mercado muitas vezes não nos possibilita este tipo de pesquisa. Mesmo que o publico tenha receio, a mídia não noticie, que falem que não somos teatro, podemos correr este risco como artistas. O que é que eu vou ganhar no final? Esse é o diferencial do nosso trabalho, mesmo a longo prazo é este processo que nos mantém vivos dentro do que propomos, que nos traz uma identidade a cada experiência. O interprete tem todo direito inclusive de, num dado momento, não participar porque precisa de um dialogo mais forte com o mercado, mas queremos continuar nesta linha de produção e trabalho. Não é um “não me pague que eu não quero”, mas queremos que as pessoas experimentem outras coisas mesmo que durmam, não gostem, como somos jovens nas nossas carreiras podemos experimentar.
Quando o interprete sai destes processos ele também leva um repertório peculiar, porque o erro não existe no meu trabalho. Tudo é acontecimento no momento em que nos reunimos. O que ouço é que esta liberdade se traduz em segurança. Temos exemplos de substituições do dia pra noite, de viagens depois que fomos roubados, processos violentos de o interprete se virar sem um monte de acessórios e pirar, mas nasce uma nova metáfora de adaptação e de sobrevivência que nos faz ver o quanto precisamos nos libertar mais, amadurecer. Todos também têm seu momento de respiração. Atores, não atores, dançarinos, coreógrafos, arquitetos, todos juntos num mesmo processo.
A minha forma de artista cênico está sendo construída com problemas, privações, mas com felicidade e sem medo da exposição, as vezes sem ensaio o dia inteiro, mas uma inquietação mais performática e viva.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Carnaval
CARNAVAL
é carnaval?
É terça-feira?
Quarta-feira mais perto das cinzas?
Fênix amanhecida?
Doce menino que vibra?
Velha guarda que chora?
Mas e aí?
Daí...
...o exagero da aurora...
...a penetração da alma guerreira...
...a palma a subir, o povo a cantar.
Aplaude esta festa?
Acorda esta festa?
é raça esta festa?
Como uma tela que descortina.
História de luz.
Cachaça ressaca da alegria.
Senhora das cores, verdade
Mais uma vez?
Um novo passo?
Caminhar nas avenidas?
Idas e mais idas
Sem nenhuma lucidez inoportuna.
Tati Carcanholo
fev2005
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Carta a AA
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Odo Ya!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
PROCURA-SE ATORES!!!!!!!!!!!!!!!!!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Olhos Negros Cruéis Tentadores
sorvete?
-não.
castanha?
-algo mais salgado.
carne seca?
-mais picante.
sopa de moral?
-mais virtuoso.
chá se soluço?
-menos refluxo.
hum, digestivo de silêncio?
-mais curiosidade.
arrumadinho de palavras?
-menos ingredientes.
escondidinho de idéias?
-mais caliente.
suflê de olhos negros?
-sim, cruéis tentadores.
já é carnaval?
-onde fica o restaurante mais próximo?
by Tatiane Carcanholo
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Para turistas
por tatiane carcanholo
O que produz eco não é só saliva
Preguiça sublime vazia
Reboque, canto, riso no palito
Escrever sem pensar
Frestas circulares nas canetas
Coletes salva-vidas sem balsas
o que produz eco não é só saliva
é duro navegar
Próprio= propriedade sólida
Sem fim= meio da mesa
10 mil= maneiras de agir
contudo=que aconteça
os pés de madeira que não saem do lugar
com tudo = é assim
eco, distante, dentro, mirante.
Um grito parado no ar
by Tatiane Carcanholo
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Chaves
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Som só
uma música
encontro do som só.
Novo som
Confuso som
Errante som
Delirante som
Intransponível e inacabado som só.
Como são só expectativas
Como são só graus
Como são sós, são só som só.
Na minha alma impressa
Vejo a alforria das imagens,
formas, movimentos, energias.
Tedioso som
Alegre som
Sábio som
Grito som
Som da folia de um só som só.
Nas ondas que me cercam
Na visão de tantas ruas
Apertaram som só por todos os poros
Suei
Mastigaram som só até o ciso
Sorri
Digeriram som só em silêncio
Calei
Tiraram som só que não cabia
Falamos
Juntos num só som só.
por Tatiane Carcanholo